Crítica Animação Imersão Temporal

Para fazer essa crítica estruturada analisei o stop motion da Mariana Hirata. No trabalho, a ideia de imersão permeia durante todos os segundos do vídeo acrescentando ao espectador a sensação do olhar preso fixamente à obra, fato que é incorporado com a sonoridade do vídeo, que não se sobrepõe a narrativa abstrata, mas acompanha a composição trazendo no início sons que parecem de algo batendo que se intensificam, até o surgimento do novo elemento quando esse som "explode". Nos primeiros segundos, percebe-se que a câmera começa em zoom e se afasta ao mesmo tempo em que se movimenta em giros ao mostrar um elemento com sombras no exterior e iluminado centralmente. Essa substância e a anterior se encaixam no conceito de causalística. Após esse momento inicial de afastamento, o zoom volta a aparecer quando a tela fica inteiramente branca para o aparecimento de um novo recurso surpresa e não esperado, que tem suas bordas pretas e uma luz que sai de forma intensa do centro, se ligando à visão programática. Ao final do vídeo, a ferramenta do zoom retorna até alcançar a completude da tela em tons de cinza.


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