Sintegração

Na aula nos foi proposto uma dinâmica de sintegração na qual realizamos, em salas menores, debates sobre os temas dos textos que lemos anteriormente. Na primeira sala, discutimos sobre o texto "ARQUITETURA , INTERAÇÃO E SISTEMAS", de Usman Hanque. Com o papel de debatedora, pude perceber que fizemos uma análise das questões centrais que ele traz no texto, abordando de forma contínua a temática da interação e da interface que possibilitam o engajamento efetivo entre as pessoas e o ambiente no qual eles estão inseridas. Percebemos que muitas vezes dentro da arquitetura já existem modelos pré-determinados e não moldáveis de acordo com as necessidades e desejos de cada um, que anulam as individualidades da pessoa.  Assim, a construção que inclua a pessoa num processo de interação diária e coloque ela como agente do ambiente em que vive, de forma que ela possa modificá-lo, pode promover mais responsabilidade na relação criada com o espaço.

Na segunda sala, problematizamos esse mesmo texto de acordo com o deslocamento da interface para a interação. No papel de crítica, percebi que o debate foi aprofundado de forma a pensar maneiras práticas para sair da ideia um pouco utópica de promover essa interação completa do indivíduo e o ambiente, tentando buscar exemplos reais de possibilidades nas quais a pessoa possa moldar o espaço em que vive de acordo com as múltiplas questões individuais que possam aparecer com o passar do tempo. Dessa forma, inicialmente, a discussão foi tendenciada por ideias que visavam a tecnologia como único modo de garantir essa interação, com o passar do tempo de debate, outros recursos foram pensados, como construções nas quais os ambientes não sejam definidos e estáticos, no sentido de quem projeta o local, mas sim tenham amplas possibilidades de ocupação.

Na terceira sala, tive o papel de observadora e foi debatido o texto "DESIGN: OBSTÁCULO PARA A REMOÇÃO DE OBSTÁCULOS?", de Flusser, problematizando o obstáculo como forma de abertura de possibilidades. Na rodada, o texto serviu como ponto de partida para designar diversos pensamentos sobre como algumas obras são criadas com elementos que barram a expansão tanto artística quanto utilitária. 

Na quarta sala, foi debatido o texto "TEORIA DO NÃO-OBJETO", de Ferreira Gullar. Com o papel de debatedora, percebi que foi difícil discutir sobre a temática pois não era de entendimento de todos o conceito de não-objeto, logo, passamos praticamente todo o tempo analisando quais as possibilidades de encontrar esse elemento em um espaço cotidiano e não somente em ambientes artísticos como exposições. Ao aprofundar e compreender melhor o conceito, analisamos que o não-objeto se liga a experiências sensoriais e muitas vezes não utilitárias, que retiram sua plena função.

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