Análise Representação e Experiência do Espaço Urbano

 

Praça Dino Barbieri (Praça São Francisco de Assis) 

1.    Contextualização do Espaço

Cidade: Belo Horizonte - MG

Bairro: São Luiz

Entorno Imediato: Próximo ao Parque Guanabara, Igreja São Francisco de Assis e Lagoa da Pampulha

Lugar Escolhido: Praça Dino Barbieri (Praça São Francisco de Assis)

2.    Imagens Representativas dos 3 olhares via Google Street View




3.    Anotações Discussão Hetzberger

Identificando elementos espaciais interessantes

  • Amplo espaço de circulação (favorece prática de atividades e esportes)

“O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem duas marcas e identificações pessoais, que possa ser apropriado e anexado por todos como um lugar que realmente lhes pertença” – passagem do livro de Hetzberger. => Acredito que a existência desse espaço amplo com poucas barreiras pode ser um fator que influencie a sua apropriação por diferentes pessoas e para diferentes usos.

  • Boa arborização, tanto no entorno quanto na praça
  • Diversidade de vegetação
  • Presença de sombras
  • Pouca irregularidade no piso
  • Boa acessibilidade
  • Boa localização (próximo a alguns pontos turísticos da Pampulha)
  • Quantidade boa de lixeiras

Todos os elementos citados acima são contribuintes para que o espaço da praça seja amplo, mas não demais para se tornar deserto, visto a existência desses recursos que convidam às pessoas a permanecerem e movimentarem o ambiente.

  • Poucos bancos
  • Falta de banheiros públicos
  •  Comércio de ambulantes locais (pipoqueiro, água de coco, algodão doce, brinquedos).  

Identificando apropriação das pessoas

“Quando uma rua ou praça nos impressiona como bela, não é somente por causa das dimensões e proporções agradáveis, mas também pela maneira como ela funciona dentro da cidade como um todo” – passagem do livro de Hetzberger, que transferida à realidade da praça evidencia como as seguintes variedades de usos desse local são características de uma lugar que tem grande funcionalidade na cidade de Belo Horizonte.

  • Utilização do espaço para prática de esportes e atividades físicas (bicicleta, patins, patinete, skate, caminhada, corrida, brincadeiras)
  • Atividades de lazer
  • Feiras (roupa, bijuteria, arte, artesanato, brinquedos)
  • Utilização do local para fotografias

Fotos de casamento => embate entre público e privado – uso de partes do espaço público para interesses próprios) => Discussão feita por Hertzberger no livro quando trata da definição dos conceitos de área pública e privada.

  • Passeios turísticos
  • Excursões de escolas
  • Projeto de incentivo à leitura (Projeto Santa Leitura - Uma Biblioteca a Céu Aberto -> promove encontros em lugares públicos com exposição de livros e contação de histórias)
  • Shows e serestas (Minas ao luar)
  • Projeto de estimulo à realização de caminhadas (palestras e exames gratuitos)

Ao analisar essas múltiplas formas de apropriação do espaço da praça, percebe-se que a discussão de Hetzberger sobre como alguns lugares públicos são calculados de forma equivocada na proporção da dimensão e o número de usuários esperado, pode ser vista de forma menos intensa nesse local.

“A sequência de ruas e praças como um todo constitui potencialmente o espaço que deve tornar-se possível diálogo entre os moradores”.

Identificando alguma transformação que deixado o lugar mais aberto ao uso

  • Reforma que fechou a via de trânsito em frente à Igrejinha da Pampulha, ampliando o espaço da calçada (promoveu mais segurança às pessoas que circulam pelo local e aumentou a possibilidades de atividades e encontros). 

Ruas de Convivência=> Conceito discutido por Hertzberger quando cita locais de circulação que não servem mais exclusivamente como via de tráfego, demonstrando que o interesse do pedestre foi levado em consideração. Esses espaços também promovem o sentimento de comunidade, citado pelo autor, que está presente em situações de interações socias como brincadeiras de criança, revezamento para olhar as crianças e o cuidado com outro, atitudes intensificadas com a ampliação da calçada do local.

4.    Desenhos, Fotos, Vídeos do lugar

Desenhos de Observação






Fotos Presenciais







5.    Anotações sobre as camadas de informação

A partir da imersão presencial nesse espaço, consegui escutar o barulhos dos pássaros, da chuva e dos automóveis. Por ser um dia bem chuvoso, tinham poucas pessoas circulando na praça e várias poças de água no piso.

6.    Diferenças das percepções socioespaciais via representação e presencial

A presença física na praça se diferencia por aumentar a experiência sensorial das amplas possibilidades que esse espaço proporciona. Escutar os barulhos, estar próximo de uma grande diversidade de vegetação, poder contemplar a paisagem, as pessoas que circulam, a lagoa da Pampulha e a Igreja. Como era um dia de chuva, até a experiência de se molhar um pouco, lidar com o piso escorregadio e com poças, se diferencia muito, por não poder ser vivenciada nas representações.

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